A generosidade de Roberto Castelo Branco em benefício de si próprio e da diretoria a ele subordinada é surpreendente e revela, no barato, que austeridade só existia mesmo para esfolar a sociedade brasileira com aumentos galopantes no preço dos combustíveis.
O entreguista Castelo Branco não só triplicou o valor do bônus à diretoria como antecipou o pagamento, em 30%, no mês de janeiro último. A decisão foi criticada por lideranças sindicais, pois foi adotada mesmo sem o fechamento do balanço da empresa, quando são observados os cumprimentos das metas. Foi a primeira vez que a Petrobras antecipou o pagamento de bônus sem observar o critério de metas.
O comportamento liberal de Castelo Branco na concessão de gratificações não se repetiu em relação aos empregados da base da estatal, que tiveram redução no bônus por resultado. Antirrepublicano, o pau mandado de Paulo Guedes se nega a revelar a lista dos valores pagos, o que faz aumentar as suspeições de que se dedicou preferencialmente a produzir resultados para si próprio e para os grupos financeiros internacionais, com os quais mantém ligação estreita.